O governador da província de Santa Fe, Maximiliano Pullaro, participou nesta quinta-feira do 111º Congresso Anual da Federação Agrária Argentina (FAA), que acontecerá até sexta-feira em Rosário sob o lema "A unidade é nossa semeadura; o futuro, nossa colheita".
Em sua apresentação, Pullaro enfatizou a importância de "o federalismo não apenas estar consagrado em nossa legislação, mas também poder ser aplicado e implementado. Somos, e estamos localizados, na província mais produtiva da República Argentina. Estamos no coração da Região Centro, que, juntamente com Córdoba e Entre Ríos, concentramos 80% dos grãos e exportações que saem pelos portos. Dizemos com orgulho que somos o campo, porque a história de nossos produtores agrícolas está em nossa identidade coletiva".
Por isso, "pedimos também ao governo nacional que olhe para este interior produtivo. Se a Argentina fosse muito mais parecida com o interior produtivo, seria diferente e se sairia muito melhor. Não podemos imaginar um país que possa se desenvolver se as estradas estão em más condições, como estão agora. Precisamos de um governo nacional que possa planejar em conjunto com o campo e a indústria para avançar. E, claro, mais uma vez, exigimos o fim das malditas retenções".
Nesse sentido, o governador explicou que "nenhum dos nossos produtores agrícolas está pensando em levar o dinheiro que ganha com a colheita para um paraíso fiscal. Todos estão pensando em como investir. Se esses US$ 2,5 bilhões ou US$ 3 bilhões que Santa Fe aporta fossem deixados para os produtores agropecuários, isso sem dúvida geraria crescimento econômico em cada uma de nossas pequenas cidades e povoados, permitindo-nos avançar."
Política Pública de Longo Prazo
Seguidamente, Pullaro abordou a questão das retenções e elogiou "a redução ocorrida neste ano. Fui o primeiro governador a enfrentar o governo nacional em fevereiro do ano passado, quando este queria aumentar as retenções ao campo e à indústria. Este ano, também pedimos junto aos governadores de Córdoba e Entre Ríos que reduzissem as retenções, porque estávamos saindo de três anos de seca e os preços dos grãos estavam significativamente mais baixos."
"Queremos trabalhar em conjunto com as entidades agropecuárias para alcançar uma política pública que nos permita ter uma perspectiva de longo prazo e de futuro, permitindo que não só o setor do campo, mas toda a República Argentina avance. Aqui temos um governo aliado ao campo", concluiu o governador.
Fortalecimento do Setor Agropecuário
Por sua vez, a presidente da FAA, Andrea Sarnari, declarou: “Queremos fazer parte do diálogo institucional para contribuir com o melhor de cada um de nós e melhorar a qualidade, a sanidade e os mercados que potencializam nossos esforços e nosso trabalho. A Argentina precisa de uma política agropecuária específica que aborde, planeje e promova o desenvolvimento do setor. É hora de considerar políticas que incentivem a produção em benefício dos homens e mulheres rurais, da produção e do trabalho.”
Por outro lado, Manuel Chiappe, Subsecretário de Produção Agropecuária e Florestal do governo nacional, declarou: "Nossas portas estão sempre abertas e estamos prontos para trabalhar juntos e discutir propostas concretas. Continuemos semeando, porque continuaremos colhendo."
Por fim, o Ministro do Desenvolvimento Produtivo, Gustavo Puccini, afirmou que "os produtores que não foram contemplados pelo benefício da redução das retenções continuam sendo penalizados com impostos. É isso que precisa mudar, e pedimos ao Governo Nacional que dê previsibilidade".
Presentes
Também participaram da cerimônia o prefeito de Rosario, Pablo Javkin; os primeiro e segundo vice-presidentes da FAA, José Luis Volando e Claudio Angeleri; Juan Pivetta, presidente da Associação Mutual Federada 25 de Julio, Juan Balbi, presidente da CAFER, e Darío Marinozzi, presidente da Associação Federada Argentina de Agricultores; Sergio Busso, ministro da Bioagroindústria de Córdoba; Javier Rodríguez, ministro do Desenvolvimento Agrário de Buenos Aires; Fernanda González, ministra da Produção de La Pampa; e outras autoridades nacionais, provinciais e locais.
