O governador Maximiliano Pullaro, acompanhado pela vice-governadora Gisela Scaglia e pelo ministro da Justiça e Segurança, Pablo Cococcioni, encabeçou o evento comemorativo do 171º aniversário da criação da Polícia de Rosario em frente ao Monumento à Bandeira. Ele lembrou que "há 20 meses essa cidade estava sitiada por criminosos" e que então, "as pessoas acreditavam que Rosário não seria o que é hoje, que está renascendo e se pacificando".
Ele atribuiu a mudança ao comprometimento "dos homens e mulheres da Polícia" e a um "programa de segurança pública" apoiado por um método aplicado "todos os dias, todas as horas, o ano todo", com planejamento e controle operacional.
Um método sustentado
“O método é o que nos diferencia”, afirmou, explicando que Rosario tem 98 quadrantes cobertos 24 horas por dia. Ele observou que a equipe passou de 20 unidades móveis disponíveis para 300, para as chamadas ao 911, nos momentos mais complexos, graças ao “planejamento, à execução e, principalmente, à condução”.
Em julho, indicou, a Polícia identificou 190 mil pessoas e 99 mil veículos, e transferiu quase 3 mil pessoas ao abrigo do Artigo 10 Bis. Ele observou que, no início da sua gestão, eram registados até 8 mil crimes por mês, enquanto nos últimos dois meses os números rondaram os 1.900, "parâmetros únicos para o século".
"A violência, que era um fator negativo nosso no país, caiu significativa e decisivamente, embora tenhamos pago um preço muito alto por isso, porque durante anos as organizações criminosas acreditaram que eram donas da vida e da morte", sustentou.
Ele também destacou o trabalho do Serviço Penitenciário, que "trouxe controle à prisão, que trouxe controle e ordem às ruas". Concluiu: "Para aqueles que têm uma ideologia que não acredita na ordem, garanto que os dias da violenta Rosário acabaram. Essa cidade nunca mais será o que era."
Homicídios em queda
Por sua vez, a vice-governadora Gisela Scaglia afirmou que "Rosario está segura novamente, um lugar onde as crianças podem estudar e uma cidade turística que podemos visitar", e pediu reflexão sobre "como a força policial incorporará a tecnologia, melhorará as práticas e continuará cuidando de cada cidadão com profissionalismo e honestidade".
Cococcioni detalhou que, com o Programa de Segurança e o Plano de Emergência, foram consertados 7.831 veículos e se adquiriram 940 viaturas, 500 motos, 360 caminhonetes e 1.800 novas unidades móveis.
A força também foi reequipada, a cooperação com as forças federais foi reforçada e mais de 3.000 policiais se mobilizaram diariamente.
Em relação às penitenciárias, ele indicou que há 1.774 presos a mais do que há 20 meses e que a população nas delegacias de polícia do departamento de Rosário foi reduzida para 94 vagas ocupadas, de um total de 144 disponíveis. A taxa de homicídios na província caiu de 11,01 para 4,83 por 100.000 habitantes; em Rosário, de 19,92 para 6,84. O tempo de resposta do 911 é de 6’30’’ em média e 5’16’’ para chamadas de alta prioridade.
Ele também destacou o retorno ao serviço de 88 policiais retirados e o trabalho que está sendo feito para inaugurar Estações Policiais, incorporar um sistema de videovigilância com inteligência artificial e distribuir armas menos letais.
Presenças e contexto histórico
A cerimônia contou com a presença de autoridades provinciais, legisladores, membros do Poder Judiciário, chefes de polícia e representantes das Forças Armadas.
A Polícia de Rosario foi criada em 13 de agosto de 1854, antes da polícia provincial, por decreto do governador Domingo Crespo, com diretrizes do presidente Justo José de Urquiza. Sua missão, desde então, é cumprir e fazer cumprir a lei, garantindo a tranquilidade e a segurança da comunidade.
A cerimônia foi encerrada com um desfile dos diversos grupos que compõem a Polícia de Santa Fe.
