No âmbito da Mesa de Diálogo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Fluvial da Hidrovia Principal, o Ministro do Desenvolvimento Produtivo de Santa Fé, Gustavo Puccini, participou da primeira jornada junto com mais de 60 outros participantes dos setores público e privado para estabelecer a posição da província sobre o início do processo para uma nova licitação para a Hidrovia Navegável Principal (VNT).
Puccini, único ministro participante, destacou o trabalho que vem sendo feito pela administração de Maximiliano Pullaro desde que o Governo Nacional anunciou a licitação para fornecer os pontos-chaves que devem constar no edital para promover o desenvolvimento da hidrovia, incluindo a criação de um órgão de monitoramento de concessões com a participação das províncias envolvidas.
"A concessão da hidrovia representa uma nova oportunidade para planejar o desenvolvimento da província e do país a médio e longo prazo", enfatizou Puccini, acrescentando que "apoiamos o edital desde o primeiro dia, assim como outras medidas relacionadas à eficiência do Estado, equilíbrio fiscal, redução de gastos e manutenção do superávit. No nosso caso, toda a economia será destinada à infraestrutura produtiva e obras públicas, pois entendemos que assim seremos mais competitivos."
Convidado por Iñaki Arreseygor, diretor executivo da Agência Nacional de Portos e Navegação (ANPyN), o Ministro lembrou que meses atrás foi apresentado ao Governo Nacional um documento com 14 pontos nos que foram abordadas questões técnicas que favoreceriam o desenvolvimento da hidrovia, três das quais não tinham sido consideradas no documento anterior e o governo provincial busca incluí-las no novo documento.
Puccini se referiu ao calado entre Timbúes e o porto de Santa Fe, que se crie um organismo de seguimento da concessão, em que participem as províncias e também a redução do prazo de concessão. A respeito disso, indicou que "nós acompanhamos o Estado Federal nisso e continuamos lhe reclamando as rodovias federais e a normativa que estamos trabalhando sobre a lei de cabotagem. Nós fizemos isso com a habilitação da circulação de bitrens em rodovias provinciais, e com a desregulação do Exporta Simples que nos habilitou o governo nacional”.
Do mesmo modo, acrescentou que “no processo de licitação da hidrovia nos interessa que seja revisado o calado do Timbúes para cima. Como governo, estamos trabalhando nessa infraestrutura, com a terceira faixa da Rodovia Rosário - Santa Fé, o Caminho da Cremaria, a ampliação da Rodovia 21, e temos um pacote de obras que vamos realizar com o empréstimo do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe) no âmbito do Plano de Desenvolvimento para a Competitividade Logística do Polo Agroexportador, mas precisamos que a nação assuma seu compromisso e melhore a infraestrutura das Rodovias Nacionais ou as transfira para a província para administrá-las."
O que está por vir
O Ministro, por sua vez, ressaltou a importância do chamado ao diálogo para a elaboração do novo edital e destacou a decisão da Agência de levar as mesas de diálogo a outras províncias, afirmando que "provavelmente seremos os anfitriões da próxima reunião, e consideramos uma decisão certa, visto que Santa Fé possui mais de 850 km de litoral no Rio Paraná, mais de 25 terminais portuários públicos e privados, e 85% das exportações de grãos saem pelos portos da província, sendo assim a principal fonte de divisas para a República Argentina. Mas aqui todos devemos estar representados, tanto a Região Central quanto a Região do litoral, e trabalhar pelo pleno desenvolvimento da Hidrovia até o Paraguai".
Presentes
Junto ao ministro Puccini participaram a secretária de Transporte e Logística, Mónica Alvarado; o subsecretário Jorge Henn; os presidentes das entidades portuárias de Santa Fe, Daniel Cura, e Villa Constitución, Hernan Salemi. Por parte do setor privado estiveram os representantes da Bolsa de Comércio de Rosario, a Câmara de Exportadores da República Argentina, a Câmara de Importadores da República Argentina, a União Industrial Argentina, a Câmara da Indústria do óleo, a Câmara de Portos Privados, a Câmara de Praticagem, assim como também os delegados das províncias do litoral da Hidrovia e autoridades dos portos públicos provinciais.