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Há 4 anos, o LIF produz um medicamento para uma criança de Formosa que padece miastenia gravis

Trata-se de comprimidos considerados “medicamentos órfãos”. São elaborados a pedido do Ministério da Saúde da Nação que permite ao paciente ter uma melhor qualidade de vida.

Salud

Lunes 21 de julio de 2014

O Ministério da Saúde da província, através do Laboratório Industrial Farmacêutico (LIF), produz desde 2011 Efedrina 3 mg incluído entre os denominados “medicamentos órfãos”, para um menino da província de Formosa que padece miastenia gravis, uma doença pouco frequente.

Embora existam várias definições para “medicamentos órfãos”, algumas “ os relacionam à doenças incomuns ou pouco frequentes, que são aquelas que afetam uma porção reduzida da população”.

Esse tipo de medicamentos podem ser definidos como aqueles que “mesmo que sejam necessários para a população, não existe ninguém disposto, nem habilitado pela autoridade sanitária para produzi-los”.

MEDICAMENTOS CRÍTICOS

Também, “pode-se falar de orfandade de um medicamento quando não está disponível por seu preço elevado. Nesse caso, muitas vezes são denominados medicamentos críticos”.

Nesse sentido e por tais motivos, o governo provincial, no seu papel de garantir o direito à saúde, através do LIF começou a produzir tal comprimido a pedido para o menino de Formosa desde 2011.

CASO EMBLEMÁTICO

“Esse foi e é um caso emblemático, se se trata de medicamentos órfãos”, assinalou o diretor do laboratório santafesino, Guillermo Cleti, enquanto explicava que no LIF “dizemos que este medicamento é um órfão total, sem pai nem mãe, porque não existe registro dele e a droga não se comercializa”.

O diretor do laboratório salientou que “o menino de Formosa necessita essa medicação desde  2008, ano em que deixou de se comercializar a efedrina, por causa do famoso caso do triple crime de General Rodríguez e a estrada da efedrina”.

Após três anos, superando os assuntos legais, o Ministério da Saúde da Nação interveio e solicitou ao LIF a produção dos comprimidos.

MELHOR QUALIDADE DE VIDA

“Já levamos quatro anos consecutivos fornecendo esta medicação que, embora não produza a cura definitiva da doença, permite ao paciente ter uma melhor qualidade de vida”, afirmou.

Aprofundando a abordagem da temática, Cleti, confirmou que a fins de 2013, “fizemos a primeira provisão de Soro Cloretado Hipertônico (7%), medicação utilizada diariamente por aqueles doentes que padecem fibrose cística”.

Essa produção se realizou de maneira associada, com o Laboratório de Hemoderivados da Universidade Nacional de Córdoba, em resposta a diferentes consultas realizadas por ONGs vinculadas à problemática do doente fibrocístico.

MEDICAMENTOS PARA O TRATAMENTO DA TUBERCULOSE

Acerca de outros medicamentos desse tipo que se prevê desenvolver, lembrou que recentemente com a presença do ministro da Saúde, Mario Drisun, e o reitor da Universidade Nacional del Litoral, Albor Cantard, foi lançado no LIF o projeto “Geração de novas capacidades para o desenvolvimento de medicamentos tuberculostáticos”.

Esse projeto que tem como objetivo desenvolver quatro medicamentos utilizados no tratamento da tuberculose, se corresponde com os casos de “medicamentos críticos” aludidos.

Nesse caso, a necessidade de desenvolvê-los surge de uma lista estratégica emitida pelo Ministério da Saúde da Nação, responsável da provisão dos medicamentos em todo o país.

A União realiza licitações periódicas desses medicamentos, mas podem acontecer alguns inconvenientes, tanto os associados a ocasionais interrupções na disponibilidade dos medicamentos no momento e lugar em que se requerem para o tratamento dos casos, quanto aos surgidos de alterações ou mudanças na apresentação desses medicamentos.

PRODUÇÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA

Nesse marco, ponderou a significação que tem sua produção para o sistema público de saúde e a população vulnerável, destacando que estrategicamente “é importante contar com a produção pública, sempre levando em conta que é uma das ferramentas que possui o sistema público de saúde, para facilitar o acesso a medicamentos por parte da população”.

“A atualização contínua dessa ferramenta é fundamental -particularizou-, para cumprir com os requerimentos sanitários”  ao mesmo tempo que assegurou que “a produção de medicamentos órfãos é um elemento dentro da produção pública de medicamentos (PPM) mas não é o único”.

Finalmente, Cleti advertiu que a produção de medicamentos de última geração, “como os biogenéricos, os medicamentos destinados a patologias crônicas, sempre com crescente demanda, os destinados à atenção primária à saúde (principal produção atual do LIF) e a incorporação ao vade-mécum LIF daquelas especialidades utilizadas em internação”, fazem parte de “as ações que devemos promover, através da PPM“.

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